Vieste - força terceira a gerar meu ventre – que se fez solo fértil para te receber.
Chegaste assim – semente para o meu amor – e trouxeste a luz como um anjo que singrando as nuvens depositou esperança e transbordou tons de azuis.
Não Gabriel, não sei expressar todo o meu amor. De repente fiquei absorta, sem palavras, porque sei sentir, mas não resumir o que a Vida – mulher primeira - melhor traduz.
Como estrela que vem brincar comigo, te vejo rindo à toa trocando um amor puro, eterno, forte, denso, profundo, livre...
É filho, no meu colo te farei cirandas e no seio onde outrora germinara o desejo de tua vinda, hoje se derrama o meu amor.
Meu pequeno raio de luz, força gerada em meu ser, sentido novo da existência que uniu para sempre teu pai, tua mãe e tua geração.
Ah filho, de nós brotaste metade que dentre mil só por ti se fez metade – mistério da Vida refazendo a espécie e renovando a infância, a força, os sonhos e as emoções que já nos vão à flor da pele.
Seja tua chegada matéria-prima de um amor sagrado, que te nina com todo o cuidado para que os sonhos se espalhem por entre a gente.
Gabriel...
Como dizer, senão sentir? A catarse me encontra e me vejo assim, tomada pelo teu olhar, pelo teu sorriso, e me dou conta de que a tua pele está em mim.
Que o sentimento melhor defina o que me vai por dentro, pois as palavras por excesso ou falta me deixam muda.
Resta então dizer “te amo” para simplificar tudo o que emoção não codifica.
Tua Mãe,
Carla Lessa
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