Do erro à perfeição, todos são agentes da transformação e contribuem para a superação do vigente através de novas formas de ver, perceber e sentir as experiências que o viver teima em nos colocar.
Movidos por desafios, estejam estes inclinados para a individualidade ou para o ânimo gregário, aprendemos com as situações cotidianas através do outro, pelo outro ou por nós mesmos. E, acreditem, por mais simples sejam os fatos, os erros sempre irão imprimir algum caminho menos isolado, mais evolutivo e consciente.
Emprestamos, através deles, também as lições aproveitáveis para o aprimoramento. Buscar, não a excelência, mas a correção, não a perfeição, mas o acerto, requer o espírito livre para a possibilidade do novo, do imponderável, do utópico e de errar, sendo importante admitir que o fizemos, quando assim ocorre.
Desde sempre, os erros fazem parte da história. Mesmo os seus efeitos - algumas vezes danosos - são aproveitáveis para criar perspectivas de superação, e a partir deles se construir alicerces menos passíveis de um resultado ruim ou inesperado.
Até a ciência reconhece a sua importância, tanto que o método científico aproveita a percepção, a intuição e a lógica como fontes do conhecimento para firmar seus processos de busca objetiva. Mas onde situamos as falhas do campo científico? No fato de que a percepção, não conclui: observa de acordo com o olhar do cientista, portanto demanda uma carga mui subjetiva ao seu objeto, podendo ser falha ou inverdadeira. Quanto à intuição, esta não rejeita ou confirma, segue o pulso das investigações ao adotar critérios específicos,e quanto à lógica, bem esta não descarta o ato falho porque se baseia num princípio especulativo. Por isto a comunidade científica reconhece a possibilidade do erro na famosa Teoria Evolucionista de Darwin, teoria esta que aprendemos na escola como o peso de uma verdade pura e inconteste.
Mas não estou aqui para falar sobre Darwin, ele já contribuiu para a humanidade, sendo a referencia mais importante para compreender as espécies. Baseados no seu erro ou no seu acerto nossos estudos se firmam a partir do seu olhar.
Preciso mesmo dizer, com humildade, que Casa Grande e Senzala é obra de autoria do Gilberto Freyre e não de Darcy Ribeiro conforme publicado na última edição do meu artigo. Perdoem-me pelo ato falho e embora sem a mesma importância dos erros históricos, creio que corrigir a tempo é uma postura salutar porque consagra minha relação com os leitores de forma respeitosa e consciente. Afinal, errar é humano.
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