O resultado da votação que envolve o Senador Renan Calheiros é, indiscutivelmente, a visualização de uma moral em decadência, letalizada com dimensões de epidemia pelos nossos congressistas. Não explica, por mais que as vias jurídicas velem pela impunidade, a distorção cometida em nome da flexibilidade de uma democracia que, a efeito, deveria ser justa, jamais permissiva à transgressão.
A vergonhosa situação nas altas instâncias da República não comporta uma opção de regime que, a priori, deveria ser exercida com toda a dignidade possível, pois diferentemente da finalidade originária a democracia compreendida como o regime do povo, pelo povo e através do povo vem sendo vitimizada tanto quanto a nação que se desmilingue à bala ou de fome.
A má conduta dos nossos poderosos mandatários converge ao senso comum uma falsa idéia de que para o Brasil só é viável um regime autoritário como justa medida para o exercício da política. Ledo engano, mas devemos concordar que nem mesmo com a aderência da ditadura foi possível a correção e o aperfeiçoamento da liberdade dos direitos, tão ansiada nos dias de repressão.
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