Chegamos em mais um período eleitoral e o que vemos é ainda o que se repete a cada quatro anos: partidos abastecidos de pessoas que rompem com a inércia e firmam o exercício de uma razão temporária, posicionamentos contra e a favor de quem vem, a atenção acentuada sobre a imagem dos elegíveis e o conteúdo crítico afetado pelo conteúdo belicoso dos candidatos.
Esta é a pratica a que estamos acostumados. Uma política que se consagra com a quantidade, o exercício forjado por uma sigla, posicionamentos eivados pelo autobenefício e pouca coerência na concorrência e na hora de avaliar que a melhor representação não é aquela que melhor servirá a categorias isoladas, mas a comunidade como um todo.
Nos ocupamos pouco sobre política. Sabemos sobre o que assistimos, lemos ou que nos interessa, particularmente. Somos conduzidos pela mídia, pelo marketing eleitoral, pelo discurso demagógico e pela necessidade. Pasmem! Como pagamos caro pelos políticos de confraria.
Na democracia representativa, a quantidade se sobrepõe à qualidade, mas esta é uma realidade transformável no campo das idéias e das atitudes, porque a alienação alimenta o Leviatã (o monstro mitológico dos mares que devora os peixes pequenos) e a falta de atitude proporciona a sua engorda.
A política equilibrada não depende apenas de bons políticos, depende de exigirmos grande parte do que nos é devido e assumirmos o galope selvagem das gestões públicas. É possível? Perfeitamente, as ONGS estão aí para lançar o exemplo.
Os políticos de ofício devem ter, é claro, percentuais muito justos de qualidades que os tornem aptos a gerir a vida pública. No mais apenas dependem de nossa fiscalização e do nosso voto.
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