Solitário, o texto não é mais cadência, e ficou um riso perdido sem o olhar que lhe sustente, ficou a face calada e a fala... ai, a fala: eco batido nas paredes até adormecer sobre os tapetes em cena.
Ficou a imagem da face distraída na lonjura do tempo, o vazio das mãos a sustentar o ato, o gesto, o passo, a indumentária de rei...
Ficou a luz sobre o cortinado e o diálogo adormecido nas cadeiras...
Onde mirar a máscara que contracena?
Como preencher os decálogos rítmicos de Shakespeare?
Quem ostentará a coroa do Rei Lear?
Ah, Paulo! Que bela peça nos pregastes!
Sequer nos deste tempo para ensaiar a ausência de saudade. E agora o que fazer? Como vai ser quando as fotografias não sublimarem a vontade de uma boa espiada do texto em cena?
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