Os partidos emprestam à política um importante papel entre muitos sustentados por sua existência, qual seja o de possibilitar a concorrência em todos os níveis da política representativa.
Sem eles não seria possível agregar em propostas comuns os militantes de ideologias variadas e os segmentos de múltiplas vertentes ficassem, talvez, desajustados em nichos incompatíveis à defesa de determinadas convicções.
Fruto da evolução de um processo, o pluripartidarismo permite que os defensores de direitos diversos tenham voz através das legendas e façam valer suas lutas para o ajuste de uma sociedade igualitária.
Oposto às metas sociais - finalidade indissociável da essência das legendas - o fisiologismo partidário compromete valores como a igualdade, a autonomia, a liberdade e o senso coletivo, além de proporcionar um poder de barganha próximo do mercadológico e distante do que a atividade política, de fato, propõe: discussão e negociação para que o resultado proporcione o imperativo de um bem comum a todos, intra e ultra-partidariamente.
Fisiologismo, compreendido como a defesa da parte em relação ao todo, tornou-se prática comum à maioria dos partidos e dependendo do interesse algumas siglas fazem uso muito mais freqüente do que outras.
Assentados em padrões arcaicos e excludentes, “velhos” dirigentes ainda encorpam decisões baseadas no interesse das partes, excluindo a maioria do rumo das chamadas políticas partidárias. Em paralelo, o silêncio abastece o cunho reacionário e conforma o que é de todos a uma coisa manipulável por um grupo limitado de pessoas.
Lamentáveis: silêncio e fisiologismo. As coisas só saem do atraso quando ousamos uma crítica incessante dos nossos próprios resultados.
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