A corrida presidencial já teve início. A concorrente à sucessão se firma com o apoio de um presidente que inaugurou no país o mandato de um homem do povo. Mesmo sem os corredores acadêmicos, Lula demonstrou habilidade para enfrentar as limitações e articular uma política populista e pouco consolidada com as urgências das elites econômicas, através delas demonstrou maestria para costurar alianças e buscar suas metas.
Carismático e convincente formatou em oito anos políticas assertivas, guiado muito mais pela memória de quem já enfrentou as desigualdades, do que pelas teses ideológicas dos meios acadêmicos.
Apesar de apontar Dilma e de sua imagem se confundir com a do presidente, não será ele quem irá governar e sim a ex-Ministra. O compromisso em dar sequência às políticas de base está firmado, mas quem garante que a intelectual terá a mesma habilidade estratégica com a qual o presidente soube alinhavar sua gestão? Apesar do índice de aprovação, Dilma ainda é um mistério.
Quanto a Serra, não há dúvida de que a sua trajetória é exemplar; que pertence a uma linhagem proba e cuja seriedade se espelha na experiência dos diversos cargos públicos já exercidos no decurso de tempo. Quando Ministro da Saúde adotou medidas positivas e implantou ações sociais significativas para o setor. No entanto, sua imagem ainda está associada à imagem de FHC, figura que encontra resistência entre o eleitorado e reflete o que fora rejeitado nas eleições majoritárias.
Por último temos Marina Silva, mulher que possui inúmeras qualidades, detém conhecimento político-administrativo e expressiva intelectualidade, apesar de sair de uma classe mitigada, onde o estudo é quase utopia. Marina representa as políticas de inserção e o aproveitamento das adoções que deram certo durante o mandato do presidente. È uma mulher que se destaca pela ética e prima pela vontade de reverter o quadro das exclusões. Sobreponha-se a tudo isso uma biografia respeitável pelas lutas que consignaram o seu engajamento. Inúmeras virtudes detém, mas pouca flexibilidade, talvez, para arcar com as divergências e os percalços do ofício de um presidente.
Neste domingo temos três opções a seguir, mas qualquer que seja a escolha, quem representará as ações do Estado será determinante para a vida dos brasileiros, principalmente àqueles que se situam numa razão de sobrevivência onde o único e eminente amparo só poderá advir de um bom representante. A escolha está lançada e está em suas mãos.
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